Nos países orientais: China, Japão, Coréia e Nepal; a palavra pagode designa local religioso, situado dentro ou próximo de templos, na maioria budista. No Vietnã, designa local de trabalho, portanto, no Vietnã, ir ao pagode é trabalhar.
Segundo o Dictionnaire Historique de La Langue Française, a palavra surgiu pela primeira vez no idioma francês em 1545, significando “templo de uma religião oriental”. No dicionário atual da língua portuguesa, a palavra pagode significa “reunião informal”, já referida às festas organizadas nas senzalas pelos escravos.
Na definição acadêmica do folclorista Câmara Cascuda, é uma festa regada com comida e bebida, e de reunião íntima. No Brasil, a palavra designa muito mais um estilo musical ligado às raízes do samba.
Grupos mais tradicionais como “Fundo de Quintal” e “Originais do Samba” já manifestavam essa vertente musical. Na década de 90, o Brasil viveu sob a febre do pagode romântico e universitário.
O pagode romântico ficou marcado no mercado fonográfico por grupos como “Só pra contrariar”, “Raça Negra”, “Exaltasamba”, “Soweto”, “Karametade”, “Molejo”, entre outros. O pagode universitário, mais pop, surge em grupos formados por jovens universitários de classe média, assim como o grupo Inimigos da HP.
O Pagode é um gênero musical brasileiro originado no Rio de Janeiro a partir da cena musical do samba dos fundos de quintais. Esta é a forma pejorativa e preconceituosa que esta palavra assumiu. Na verdade o pagode não é exatamente um gênero musical. O pagode, na verdade, era o nome dado às festas que aconteciam nas senzalas e acabou se tornando sinônimo de qualquer festa regada a alegria, bebida e cantoria. Prova de que o nome em nada tem a ver com o rítmo, é a música Pagode de Brasília gravada por Tião Carreiro em 1959, cuja roupagem em nada lembra nenhuma das variações do samba. O termo pagode, começou a ser usado como sinônimo de samba por causa de sambistas que se valiam deste nome pra suas festas, mas nunca o citaram como estilo musical. Isso pode ser bem percebido pela letra "Pagode do Vavá" de Paulinho da Viola, "Pagode pra valer" de Leci Brandão ou qualquer outra do grupo Fundo de Quintal, considerado por muitos o primeiro grupo de pagode do Brasil. Acabou se tornando uma referência para os leigos que falam sobre pagode, forró ou axé. Sendo que nenhum destes são gêneros musicais ou mesmo ritmos. E atualmente é usado de forma pejorativa por alguns e de forma descabida inclusive por "músicos do Gênero".
Gênero
O pagode designa festas, reuniões para se compartilhar amizades, música, comida e bebida. Surge como celebração do samba em meados do século XIX e se consolida no século XX no Rio de Janeiro. Mesmo antes já eram celebradas estas festas em senzalas de escravos negros e quilombos. Com a abolição da escravatura e fixação dos negros libertos no Rio de Janeiro e que têm uma relação intrínseca com o sincretismo de religiões de origem africana, como o candomblé, a umbanda - o pagode se consolida com a necessidade de compartilhar e construir identidade de um povo recém liberto, e que precisa dar outra função ao corpo que até então é somente instrumento de trabalho. Por isso a relação estreita entre música e dança na cultura de origem africana, além do fato de ter a síncopa como principal característica da construção técnica-musical, derivada da percussão marcadora do ritmo.
Antigamente, pagode era considerado como festa de escravos nas senzalas. No final da década de 1970, no Rio de Janeiro o termo passou a ser associado a festas em casas e quadras dos subúrbios cariocas, nos calçadões de bares do Centro do Rio e da periferia, regadas a bebida e com muito samba. A palavra pagode no sentido corrente surgiu de festas em favelas e nos fundos de quintais cariocas que falavam sobre sentimentos (alegrias e tristezas) das pessoas que lá moravam.
O samba adquiriu diferentes formatos ao longo de várias décadas, entre os quais, "samba de breque", "samba-canção", "samba-enredo", "samba de partido-alto", "samba-puladinho", "samba sincopado" (ou gafieira), "samba de rancho", sambalanço, samba-rock, "samba de roda", "samba com Axé" e Samba-Reggae".
E após a década de 70, começaram a associar o nome pagode aos sambas feitos por grupos musicais, normalmente em músicas com temáticas românticas ou com versos de improviso. Porém o nome que melhor se aplicaria a estes seria o samba dolente e o partido alto.
Nessa época foram introduzidos novos instrumentos principalmente pelo Grupo Fundo de Quintal ao cenário do samba como: o repique de mão criado pelo músico Ubirany, o tantã (criado pelo músico e compositor Sereno) e o banjo com braço de cavaquinho (criado por Almir Guineto). Essa nova roupagem ajudou a firmar a idéia de que um novo ritmo surgia.
Com o passar do tempo, o gênero passou a incorporar, às vezes, instrumentos como o teclado (como em "Parabéns Pra Você", do Fundo de Quintal). E na década de 1990, o pagode ganhou uma roupagem mais comercial, com grandes índices de vendagem. Grupos não só cariocas, mas também paulistanos tiveram um êxito, notadamente por tocarem um estilo mais romântico. Hoje, este pagode comercial convive com o de raiz, e ambos têm sucesso comercial no Brasil.
Grupo Pixote
Pixote
No início eram sete os componentes, hoje, são cinco. Douglas Fernando Monteiro, 20, o Dodo no vocal, o único que é pai do grupo, Thiago Carvalho Santana, 15, o Thiaguinho nos teclados, Clayson Rangel Batista, 17, o Mineirinho no violão, Agnaldo Nascimento Apolinário, 21, o Tiola Chocolate no tantan e, completando a turma, Eduardo Pereira Pacheco, 19, o Dú no pandeiro. Todos, até pela idade, solteiros, que tem como ídolos: Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal, Martinho da Vila, 14 bis, Windsier, Emílio Santiago e Djavan.
Em 93, os sete, ainda crianças mas já com banda formada, participaram de um festival de samba. E foi nessa ocasião que acabaram sendo observados e descobertos pelo pessoal da gravadora Zimbabwê. Foram eles que sugeriram, pelo fato de se tratarem de pré-adolescentes, a mudança de nome do grupo para Pixote, que acabou pegando e fazendo marca.
O primeiro trabalho foi a participação do grupo na coletânea "Pagode de Primeira", onde interpretam as canções Sonho Real e Sonho de Poeta. Em 1996, finalmente lançavam o primeiro disco, "Brilho de Cristal", onde o grupo estourou com a faixa de mesmo nome e com Cada Um Cada Um, principalmente no interior e na capital paulista.
O segundo CD, "Tão Inocente", saiu na esteira do trabalho anterior e alavancou seis sucessos nas paradas. Os meninos dão, então, o maior passo de sua carreira, assinando contrato com a gravadora Continental East West, onde lançaram, em 2000, o terceiro álbum de sua carreira, "Tá Bom Demais", onde contam com a produção cuidadosa do Bira Hawai.
Mas nem tudo foi fácil antes do sucesso. Tiveram muitas dificuldades no início de carreira. E batalharam duro em outros palcos menos iluminados. Douglas era atendente do McDonalds. Tiola vendia autopeças. Mineiro era guia turístico em Ouro Preto/MG.
Existem três momentos especiais na carreira destes garotos, momentos inesquecíveis desta explosiva trajetória, que, em apenas sete anos, os tornou conhecidos em praticamente todo o Brasil. A gravação do primeiro CD, a participação do público no primeiro show, e o primeiro trabalho pela Continental East West, pontapé inicial de nesta carreira.
Entre os diversos shows que já fizeram, os mais marcantes na opinião do Grupo foi o realizado no CERET-SP para uma audiência de mais de 100 mil pessoas, apresentação durante a Copa do Mundo de 94, no Ginásio do Ibirapuera. As músicas marcantes, segundo o próprio Pixote, são: Brilho de Cristal, a preferida, e as ainda lembradas Saudade de Nós e Beijo Doce.
Discografia
1995 - Brilho de Cristal
1997 - Tão inocente
1999 - Tá bom demais
2001 - Idem
2002 - Pira
2003 - Vamos nessa - Ao Vivo
2005 - Descontrolado
2008 – Pixote – 15 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário